Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

As Sem-razões do Amor


Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

postado por: Rafaella Fiquene

2 comentários:

  1. Há realmente razões para amar?
    O que vocês acham?
    Um abraço!

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  2. Não há uma razão para amar!
    Como na própria poesia o autor fala "Eu te amo porque te amo", ou seja, sem a necessidade de motivo! Eu entendi mais ou menos assim, mas encontrei uma contradição no texto quando ele diz: "Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim" isso não seria uma razão para amar?

    Um abraço
    Andressa Câmara

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